quinta-feira, maio 23, 2013

DA ‘INFELICIDADE’ RELACIONAL DOS PORTUGUESES


Isto é mesmo tramado!

Na maioria das vezes é a cultura portuguesa, o modo de estar e de viver, a filosofia de vida do português que provoca a dificuldade relacional e a infelicidade entre as pessoas ― sobretudo entre ‘casais’ (de namorados ou o que o valha). E isso por um motivo fundamental, entre outros menos importantes: porque queremos tudo investigar, tudo escalpelizar, tudo desnudar, tudo conhecer de documento passado e autenticado e acompanhado de certificado de registo ‘criminal’ (muitas vezes interessando apenas o ‘registo criminal amoroso’).

É óbvio! é mais que óbvio que à partida uma relação assim submetida a regras de vigilância e inteligência tão apertadas e invasivas, está condenada ao fracasso.

― Não devíamos sequer importar com o Bilhete de Identidade do outro, quanto mais com todas as minudências exigidas no cardápio cultural português de relacionamento entre ‘parelhas’ (salvo seja ― isto é o Inglês a deformar o Português).

Sabe-se de há mais de um milénio que a sedução, coisa importantíssima para o bem-estar e para o prolongar da chama da paixão e dos requebros gozosos da alma, é o cimento fundamental de uma relação a dois.

Ora a sedução não é mais do que o resultado emocional da existência da curiosidade em desvendar o íntimo (mesmo o secreto) do outro. Se e uma vez desvendados, a sedução desaparece ― como é lógico! ― e deixa de ter razão de existir porque já não há mais segredos, mais pormenores do outro a desvendar; não há mais alimento para a sedução. É nessa altura que normalmente começam os problemas de relacionamento entre ‘parelhas’ e o esboroar da relação a dois.

Mas vai lá um indivíduo convencer os portugueses a agirem de modo diferente!...

Agir de modo diferente é algo que não se aprende com explicador: ou está embebido na cultura de um povo... ou então... chapéu!

É sabido e está mais que provado que a barreira linguística entre membros de um ‘casal’, por dificultar a pesquisa e impedir a devassa do íntimo do outro, faz com que o relacionamento se prolongue equilibradamente por períodos de tempo muitíssimo mais longos do que estão habituados os portugueses: mesmo quando um dos membros do ‘casal’ é português;


Donde se conclui que...

COMO A AVE FÉNIX

Repego hoje este blogue para tentar mais uma aventura pessoal na blogosfera. Uma aventura diferente das anteriores posto que a política e as polémicas serão afastadas  de todo  deste blogue a que pretendo dar um carácter meramente intimista e diarista (tanto quanto for possível).

Obrigado por me acompanhar.